Cai a chuva e volta o sol, como se cada passagem do tempo me dissesse que estou acordada. O poeta já disse sobre o vento, e torno a dizê-lo: só de ouvir o vento passar, tenho certeza de estar viva.
Cada arrepio da minha pele me lembra um gesto teu. E até o o toque fugaz da mais delicada flor obedece a ordem natural das coisas: viver, e amar o que lhe é entregue.
Assim como a música que se dissipou diante das ondas, do teu sorriso eu fiz a minha melodia, casando assim o que já era pré-destinado. Redundante chega a ser, mas o que seria da felicidade sem os pequenos desencontros repetitivos?
E, se mesmo diante de tantas bençãos, se ainda assim existir uma tal indiferença...deixe o vento passar. Porque só de ouvir o vento passar, tenho certeza de estar viva.