Escrever é como uma dádiva. É como aquele passarinho que voa sem nenhum objetivo, que faz piruetas, passa por lugares distintos e pinga aquele ponto final todo orgulhoso.
Por isso escrever é como voar. A sua mente viaja, levando seu corpo e você não sabe onde vai parar, nem como.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


Creio que a mente é frágil, deixando que algumas lembranças escorreguem e se dissipem em algum lugar qualquer. Mas a mesma mente levanta a contradição de saudade, da falta que sentimos de momentos passados. A saudade existe até por antecedência, ligada ao medo. E é extremamente difícil se desligar de algumas coisas que, em certos momentos, pensaram que jamais viveriam sem. E mais difícil ainda é perceber que um dia, querendo ou não, vocês têm que se despedir.
  Deixar passar ocasiões, momentos...pessoas.
  Deixar ir embora tudo o que um dia os fizeram felizes.
  Já me perguntei muitas vezes se são sábios o suficiente para administrar cada situação em específico. A resposta é singela, porém concreta: NÃO. Enquanto estiverem aqui, será para cair, ralar os joelhos e aprender a curar as feridas. Sarar todas elas. E mesmo com experiência, aceitar seus segredos como sendo os primeiros a transportarem a barreira do orgulho.
  Aprender é uma palavra sábia.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Palavras mudas

Li e reli muitas palavras de sábios que me fizeram acreditar que um dia eu poderia vencer. Percebi, então, o quanto as palavras podem ajudar uma pessoa a crescer. Na realidade, ao contrário da maioria das pessoas, eu penso que palavras ditas tem tanto valor quanto ações.
Falar menos, agir mais. Sim, é o que todos dizem. Mas na verdade, eles simplesmente dizem.
Te dizem para não desistir, para ser forte, para lutar e seguir em frente.
Se dizer não estivesse tão associado ao fazer, pessoas comuns não chegariam ao pódio. Não fariam da sua própria vida um presente a outro.
Enquanto estou aqui, digitando essas palavras, a minha verdadeira vontade era de gritá-las nos ouvidos de alguém. Tentar abrir a cabeça de certas pessoas e enfiar dentro delas que o mundo lá fora está aí pra isso. Pra machucar, pra ferir, pra te fazer sofrer como se você não pudesse mais suportar. E ainda assim, o que seria da compaixão sem o sofrimento? O que seria da caridade sem os necessitados? E, finalmente, o que seria do amor sem a indiferença?
É, vai dizer isso pra quem sofre...
Posso agir imediatamente agora, dizendo que todos nós sofremos. Alguns sofrem calados, outros explodem, ou mesmo desistem. O que sou totalmente contra, porque desistir não existe no meu vocabulário.
Se agir é tão mais fundamental que falar, repense a quantidade de vezes que a esperança foi expressa em ações.
Me desculpe, mas a ação sem o dizer, é simplesmente muda. É morta.