Todo dia é uma carnificina. A luz divina já está distante enquanto preciso de seu amarelo reluzente.
Todas as flores ficaram escuras, de repente. Depois que derramei a última lágrima, nada mais caiu de meus olhos senão meu próprio olhar. E ainda assim, de repente, de novo, tudo se fez novo. Quando me mandam chorar eu dou gargalhadas, quando me mandam cair eu levanto, quando me mandam ficar só estou rodeada de estrelas. É que tanta ausência do sujeito oculto me deixou desobediente. Mandaram, andaram, amaram, mataram. O mundo já não sabe mais o que pedir. O mundo nunca soube e o mundo nunca saberá. Ele é só o mundo, pequeno, vazio, tendencioso e oportunista. O mundo quer fazer uma revenda de si mesmo, melhorando a embalagem, piorando a qualidade. Ele não vai mais me dizer o que fazer. Até porque cada insignificância já fez de mim uma pessoa pior.
E me pego a olhar-me por entre os reflexos e só ver o que me traz paz. Parei de pensar e de agir, pois meus atos não mais condiziam com minha consciência, sendo a culpa o pesar e o resultado do meu choro. Pouco a pouco reaprendo a caminhar, e mais devagar ainda chego perto do sol. Pouco a pouco vou andar. Estou aprendendo a me reiterar.
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