Eu tenho saudade de quando dois corpos se tornavam uma única alma num espaço pequeno. Minúsculo. E, em estado de choque, lágrimas menores ainda escorriam. Transbordavam.
Agora, então, com o imenso e irônico papel de extraterrestre, me desfaço em pedaços pra me tornar grande. Me ajoelho sob migalhas, deito-me em cama de fel, usufruo da incerteza só pra ter certeza que vai ficar tudo bem. Só para calar os olhos, fechar a boca.
Pra ver os olhos da criança se alegrarem. Sentir o cheiro da boca, o vai e vem da respiração monótona, os dedos entrelaçados, o sorriso estampado. A cara boba, lábios pendendo...pro alto.
Deixei para trás um coração partido e uma ou duas histórias que são dignas de reprodução. Deixei o meu universo pra virar uma astronauta, para tirar cada pétala de uma rosa e fazer um velho jogo.
Deixei pra mergulhar num sorriso já conhecido, e ficar estupidamente sem palavras.
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